Registro de apresentações

A atriz Márcia Costa foi convidada a participar do primeiro TEDx de Maringá, que rolou no dia 26 de julho. Lá ela compartilhou o processo de criação do espetáculo, reproduzindo uma pequena cena de poucos minutos. Foi uma experiência nova.

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O TED é uma marca e para utilizá-la é preciso ter uma licença e seguir algumas regras. O público máximo é de 100 pessoas, que se inscreveram e foram selecionados pela produção do evento.

No dia seguinte, 27 de julho às 19h30, apresentamos o espetáculo completo na programação do III Colóquio de Feminismo Negro – Diálogos sobre o empoderamento da mulher, promovido pelo NEIAB – Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-brasileiros / UEM.

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Segundo os organizadores, o principal objetivo do Colóquio é evidenciar as discussões do processo de empoderamento que muitas mulheres negras estão buscando e apresentar empreendedoras negras cujos artigos são pensados para valorizar o conhecimento da cultura afro e as particularidades da mulher negra. O evento foi em homenagem à cantora Elza Soares.

Sobre a identidade visual

Fotos da reunião que tivemos para definir as artes do material de divulgação.  Foi realizada na casa de Sérgio Augusto, artista responsável pela identidade visual de “Tempos de Cléo”. Sérgio criou 19 obras, entre pinturas, fotografias e instalações, utilizando materiais que remetem à Cléo real (cobertor, copos de café, chinelos).

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Os cartões postais, o cartaz e o programa foram finalizados pelo Gustavo Hermsdorff, do jornal O Duque, a partir de orientações do Sérgio.

Em seu blog, ele disponibiliza imagens das obras. Aqui. 

Para o programa do espetáculo escreveu o seguinte:

LINHACAMINHO  l Sérgio augusto

andei pelo caminho de pedra, andei em caminho  de chão

andei pelo caminho da linha, perdi a agulha pelo caminho.

O conjunto de desenhos/pinturas/objetos propõe uma possível narrativa com o trabalho cênico de tempos de Cléo. A apropriação visual de signos/símbolos da Cléo e seu tempo, junto aos processos/relatos das performances, teve como referência para a composição dos trabalhos visuais. O processo de criação iniciou andando como errante na busca de suportes (materiais) para as futuras imagens temporais, encontrando nas ruas o papelão, os pedaços da calçada e chão, usando-os como possível campo para o desenho elaborado por linhas. Proponho a linha como núcleo poético de todos os trabalhos, ao usar a linha como caminho, o ato de ir e vir tanto da costura quanto do lápis/giz /tinta coloca de forma ressignificada o ato de andar dos errantes, da Cléo. Os objetos trazem o tecido como linhas de trama marcados pela temporalidade e desgaste, seja do dia-dia, seja bordadas em palavras soltas no emaranhado do cotidiano – copo de café, tapete e cobertor.

Carreguei visualmente como a própria em seu carrinho de supermercado, feito por linhas de cobertores dobrados e sobrepostos, em trama. Andei elaborando nas ruas, me deparando com o chão. Esse andar foi como o da tartaruga que carrega seu casco. Os “andares” descalços ou calçados, compostos também por linhas marcadas, andantes, o andar, a sola desgastada.

anda.

inveja.

em/ no   tempo.

chão de cimento.

Sobre o figurino

IMG_1566Nossa figurinista sensacional, Cristine Conde, é carioca e reside em Curitiba há alguns anos. É amiga de longa data de Márcia Costa, a quem já dirigiu e foi parceira em muitos trabalhos. Não era possível imaginar outra profissional neste trabalho. Mesmo a distância, Cristine estava totalmente conectada ao processo, acompanhando cada etapa de criação.

Em janeiro deste ano, ela fez esse comentário em nosso grupo de discussões:

“Gostaria muito de estar mais próxima e contribuir de alguma forma. Talvez ainda seja cedo para pensar em figurino (será?), mas se eu estivesse aí, pensaria em algo, também como laboratório. Sempre acho que as coisas devem caminhar juntas. Quanto às referências que mandei, continuo pensando nas mesmas coisas, mas não sei se é o caminho: roupas construídas em camadas, camadas de tempo, camadas de histórias, de vida. Roupas em pedaços, juntados, pelo mesmo motivo: pedaços de vida, vivências, tempos. Inevitável não pensar nos Parangolés do Hélio Oiticica: roupas/casas, abrigos vestíveis. E também em Bispo do Rosário: escrever a vida, a própria história, na roupa…bem e por aí vai. Não sei se esses pensamentos são pertinentes, se cabem ao trabalho. De qualquer forma, quero saber de tudo, ok?”

Algumas imagens das referências que ela cita são essas:

roupa5 roupa2 roupa6

Em outro momento, ela disse: “Acredito que seja uma roupa que necessita de uma “artesania”, penso nesse traje como uma construção, com camadas, significâncias, delicadezas”.

Em sua primeira visita à nossa cidade em função do projeto, que ocorreu em agosto, ela propôs utilizar jeans como tecido. Para ela, o jeans resiste ao tempo e carrega consigo as histórias. Falou da ideia de utilizar bolsos, muitos bolsos. Foi neste momento que desenhou o croqui (abaixo):croqui1

“Piramos” na ideia e acreditamos que esteja totalmente integrada a tudo que pensamos! Resolvemos fazer uma campanha para coletar jeans e vários amigos aderiram.  Contribuíram com a construção do figurino: Erick William, Leonardo Vinicius Fabiano, Vinícius Huggy, Joyce Midori, Victor Lovato, Isabella Sampaio Torres, Kemmy Yot, Babi Sanches, Andressa Lima, Carolina Santana, Rachel Coelho, Maria Costa. A eles nossos mais sinceros agradecimentos. O desafio da costura coube à Adriana Madeira.

Logo nos primeiros ensaios com o figurino, muitas ações vieram imediatamente. O figurino é parte importante do espetáculo.

Foto: Rafael Saes

Um pouquinho do figurino. Foto: Rafael Saes

Artes espetaculares

Sérgio Augusto, responsável pela identidade visual de “Tempos de Cléo”, dificultou bastante a nossa vida na hora de escolher os trabalhos que seriam utilizados nos materiais. Sérgio criou nada mais, nada menos que 19 obras até o momento em que nos reunimos para escolher, mas é certo que de lá para cá ele deve ter criado mais algumas … rs

Eis as peças selecionadas, que já estão sendo distribuídas por aí:

Os postais

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O cartaz:

Cartaz

Cléo está chegando

“Tempos de Cléo” chega na sua fase final. A data da estreia já está marcada: em 19 de outubro, às 10h, a Praça Raposo Tavares recebe a primeira de dez apresentações. Como já estamos quase lá, tudo já está se finalizando. Temos figurino, temos material de divulgação e temos novos parceiros que fazem a diferença para que o projeto dê certo. O jornal O Duque irá apoiar a divulgação, a Fantasia Filmes irá registrar nosso espetáculo em vídeo com toda a qualidade e profissionalismo que ele merece e a Mundo Livre FM também irá nos apoiar na divulgação, distribuindo material em blitz culturais pela cidade.

Em poucos dias nosso material estará invadindo a cidade e digo, sem falsa modéstia: o material ficou lindo! Assinado pelo artista visual Sérgio Augusto, temos cartazes e quatro modelos de cartões postais, além de banner e programas. Conheça um destes modelos:

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