Um relato da diretora

2º dia de laboratório na UEM. Foto: Rachel Coelho

2º dia de laboratório na UEM. Foto: Rachel Coelho

Estamos vivenciando um processo em que não temos um ponto final, não almejamos um “produto” finalizado a ser apresentado. Cada laboratório, realizado em diferentes espaços urbanos de Maringá, é uma descoberta, um labirinto a ser explorado. Os encontros com o urbano, com o tempo de cada lugar, com o Outro, tem se tornado cada vez mais uma potência cênica a ser desbravada. Os dois últimos encontros aconteceram na Universidade Estadual de Maringá. Dois encontros com ritmos e dramaturgias completamente diferentes. O primeiro, com ritmo acelerado, ações encavaladas e com olhares curiosos acerca do que estava acontecendo, mas havendo pouca intervenção. O segundo dia já foi mais contido, com o tempo de cada ação oscilando e o respeito dos “espectadores” com o lugar delimitado da encenação. A fronteira entre o “acontecimento e a representação” ficou bem estabelecida e o envolvimento das pessoas que circulavam no corredor da cantina central aconteceu com maior naturalidade. Se colocar presente nesses espaços, se relacionar com eles e com os espectadores que circulam por lá, tem nos deixado com gostinho de quero mais! Aos poucos elementos e adereços cênicos vão surgindo e aderindo ao esqueleto do Tempos de Cléo… Tempo único e singular a ser compartilhado por meio da espetacular poética da (con)vivência!

Texto: Gabi Fregoneis