Novos rumos para Cléo

Na segunda quinzena do mês de abril de 2015, estivemos por duas vezes no campus da UEM e uma vez na A.T.I. do Ney Braga, finalizando a fase de experimentações nos locais de apresentações de “Tempos de Cléo”.

E foi na UEM, reduto da Cléo, (ela não estava presente) que algumas impressões e questionamentos me assaltaram. Por ser aquele local muito frequentado por ela, reparei durante a intervenção que algumas pessoas se confundiram achando que eu era a Cléo. E foi aí que percebi não ser esse o caminho no qual devemos percorrer.

Não queremos imitar a Cléo. Desde o princípio pensamos na Cléo como sendo nossa inspiração, uma fonte primeira motivadora na busca de outras vidas, outros errantes e sermos contaminados por todas as histórias e assim criarmos “coletivamente” um ser outro. A nossa dramaturgia está sendo construída desta forma por Carolina Santana. Ela está costurando de forma artesanal e poética (aí está seu hábil toque) todas as histórias que foram compartilhadas com a gente. Nossa inspiração está no tempo da Cléo e em todos os outros tempos que cruzaram e interagiram conosco.

Então esta Cléo que estamos criando deve ser composta de tempo de Cléo, de alegria da Jéssica, da simpatia do consertador de sapatos, do nervoso ex-militar da feira, do delicado vendedor de algodão doce, do intrépido homem que não toma remédio contra HIV e tantos e tantos outros e outras que estiveram com a gente nessa instigante jornada. Portanto novos desafios precisarão ser superados.

Quero encerrar o meu textinho de hoje dando alegremente as boas vindas à Diana! Filha de nossa querida diretora Gabriela Fregoneis. Mais uma linda historinha que acaba de nascer e quem sabe não faça parte dessa nossa aventura? Uma historinha bem linda que cintila e se mistura em nossos “Tempos de Cléo”.

Texto: Marcia Costa

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